corporativismo

O corporativismo é uma doutrina política que surgiu na Europa no início do século XX e se caracteriza pela defesa da organização das sociedades em torno de corporações que representam os diferentes setores econômicos e sociais. O objetivo do corporativismo é garantir a harmonia entre o capital e o trabalho, promovendo a cooperação entre as classes em prol do bem comum. No contexto português, o corporativismo foi adotado como modelo político durante o Estado Novo, regime que governou Portugal de 1933 a 1974. Sob a liderança de António Salazar, o país adotou uma política baseada no corporativismo e na autoridade do Estado, tendo como objetivo a promoção da estabilidade e da ordem social. Durante o Estado Novo, o corporativismo foi implementado através da criação de várias organizações corporativas, que reuniam as diferentes classes profissionais e econômicas. Essas organizações tinham como objetivo defender os interesses dos seus membros e participar na elaboração de políticas públicas. No entanto, o corporativismo foi criticado por muitos pela sua natureza autoritária e pela restrição das liberdades individuais. O Estado Novo foi derrubado em 1974, na chamada Revolução dos Cravos, e o país iniciou um processo de transição para a democracia. Hoje em dia, o corporativismo é visto como uma doutrina política ultrapassada e pouco adequada aos tempos modernos. No entanto, a ideia de cooperação entre as diferentes classes econômicas e sociais ainda é defendida por muitos, como uma forma de alcançar a justiça social e econômica.